Por: Rodrigo Fragola – CEO Ogasec e Integrante do CNCiber – 01/03/2024
No dia 20/03, um marco histórico para a Cibersegurança no Brasil se inicia, com atividades práticas que direcionarão o rumo da nação nesse campo. Embora o Brasil tenha avançado significativamente na última década, com várias iniciativas em diversos setores, faltava uma visão unificada para alinhar esses esforços em um objetivo comum.
O espaço cibernético é uma fronteira em constante exploração, repleta de particularidades que exigem abordagens distintas. A velocidade, o anonimato, a automatização, a falsificação e os algoritmos de inteligência artificial são os pilares que amplificam tanto o que há de mais positivo quanto o que há de mais negativo na natureza humana. E tudo isso está intrinsecamente ligado à nossa crescente dependência da “rede”.
A visão de nação desempenha um papel crucial quando se trata de Defesa Cibernética. As redes estão interconectadas, as aplicações moldam nossas vidas e pensamentos. Pessoas vivem e morrem pelo que encontram nas redes, impactando profundamente nossa identidade como brasileiros e nossa soberania.
Proteger a Terra, o Céu, o Mar e o Espaço já não é suficiente. O Ciberespaço veio para ficar, e não podemos mais adiar as ações necessárias para protegê-lo. A rede é única e, ao mesmo tempo, múltipla. Desde as redes domésticas até as corporativas, passando pelos órgãos governamentais e infraestruturas críticas, todas estão entrelaçadas em uma complexa teia de conexões. Não podemos mais pensar apenas em proteger ilhas isoladas de informação, pois os dados fluem e se transformam no meio dessas conexões.
Neste sentido, o CNCiber tem como seus objetivos promover o desenvolvimento de tecnologias nacionais, garantir a confidencialidade e integridade dos dados, combater crimes cibernéticos, estimular medidas de proteção e fortalecer a resiliência das organizações. Além disso, podemos destacar a colaboração internacional e a atuação coordenada entre diferentes entidades, incluindo a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o setor privado e a sociedade em geral.
Ele é composto por representantes do governo, da sociedade civil, de instituições científicas e de entidades do setor empresarial, se reunirão trimestralmente. Dentre as competências do Comitê temos: propor atualizações para a PNCiber, a Estratégia Nacional de Cibersegurança e o Plano Nacional de Cibersegurança e ainda sugerir estratégias de colaboração para o desenvolvimento da cooperação técnica internacional em segurança cibernética.
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência de República (GSI/PR) irá exercer a Secretaria Executiva do CNCiber.
Para saber mais:
https://www.gov.br/gsi/pt-br/composicao/colegiados-do-gsi/comite-nacional-de-ciberseguranca-cnciber